Quando uma empresa lança um novo produto ou serviço, é essencial submetê-lo a testes rigorosos antes de disponibilizá-lo ao consumidor. Mas na área da beleza, temos uma questão delicada, pois algumas empresas ainda recorrem a teste de cosméticos em animais para comprovar o benefício e segurança de seus produtos.
Esse método é alvo de discussões éticas e, felizmente, há um crescente movimento em direção a alternativas mais humanitárias e eficazes de avaliação dos cosméticos — como testes in vitro e modelos computacionais. Isso demonstra que o compromisso com a inovação responsável e o respeito aos direitos dos animais são fundamentais para a evolução sustentável da indústria cosmética.
Neste blog post, vamos mostrar como funcionam os testes, as tecnologias avançadas que dispensam esses procedimentos e como a lei brasileira aborda o tema. Ah, e antes que você se pergunte: os produtos da Agradal são livres de testes em animais! Fique ligado para entender como podemos construir uma indústria mais ética e consciente. Vamos lá?
Como funcionam os testes em animais
Muitos países ainda permitem o teste de cosméticos em animais. De acordo com dados apresentados pela Humane Society Internacional (HIS), os testes em animais ainda são realizados em laboratórios pelo mundo para avaliar a segurança, irritação, toxicidade e outros efeitos potenciais desses produtos.
Ratinhos, coelhos e até cachorros são os principais bichinhos usados nas experiências laboratoriais. Para isso, eles são confinados em viveiros e são submetidos a testes das mais diversas maneiras, dependendo do tipo de produto, envolvendo a aplicação de produtos químicos e ingredientes cosméticos na pele, olhos ou outras partes do corpo.
Se você se sentiu mal em ler tudo isso, imagina os bichinhos, que sofrem os efeitos colaterais da aplicação. Como consequência, alguns desenvolvem alergias, são afetados pela cegueira e, em casos mais graves, chegam a morrer.
De acordo com o Instituto Raquel Machado, 100 milhões de animais são queimados, aleijados, envenenados e abusados todos os anos em laboratórios dos Estados Unidos. É por tudo isso que defensores dos direitos dos animais são contra os testes feitos por parte da indústria de cosméticos.
Tecnologia apresenta alternativas ao teste de cosméticos em animais
Uma das maiores tendências é o uso de testes in vitro, que são feitos em células humanas cultivadas em laboratório, e proporcionam resultados precisos e confiáveis, como alternativa ao teste de cosméticos em animais.
Além disso, modelos computacionais super avançados permitem simular as reações do corpo humano aos produtos e dispensam qualquer intervenção animal.
Outra sacada é o aproveitamento das técnicas de bioengenharia, que possibilitam a criação de “pele humana” em laboratório, chamada de “pele em chip”. Essa pele artificial é capaz de replicar as respostas cutâneas a diferentes substâncias, o que torna os testes tradicionais em bichinhos coisa do passado!
Com todas essas inovações, as empresas cosméticas têm opções variadas para garantir a qualidade e segurança de seus produtos, sem precisar apelar para testes cruéis em animais. O futuro é ético e animal-friendly, e essa é a conquista que a tecnologia nos trouxe!
De acordo com alguns estudos, esses modelos conseguem prever com precisão as reações dos produtos no corpo humano. Com isso, seria possível substituir totalmente os testes em animais.
Conheça o movimento Cruelty-Free
O Cruelty-Free (livre de crueldade, em tradução livre) é um movimento que busca promover o uso de produtos e práticas que não envolvam testes em animais. Ele se baseia na ética e no princípio de que os animais não devem ser submetidos a sofrimento desnecessário em nome de produtos de consumo ou pesquisas científicas.
O objetivo principal do movimento livre de crueldade é encorajar os consumidores a escolherem produtos que não tenham sido testados em animais. Isso envolve a busca por alternativas que não utilizam esses testes, como cosméticos e produtos de higiene pessoal.
As organizações e empresas que aderem ao movimento podem obter certificações que garantem que seus produtos não tenham sido testados em animais. Essas certificações podem ser concedidas por organizações independentes, como a Leaping Bunny e Cruelty Free International.
Outra certificação muito importante e reconhecida no Brasil é a PETA (People for the Ethical Treatment of Animals). Todos os produtos da Agradal possuem essa certificação — confira nosso certificado aqui!
Uma informação interessante sobre o não uso de animais em testes é dada pela Cruelty Free Internacional — grupo de proteção e defesa dos animais. Segundo um artigo dessa entidade, existem alternativas que não causam danos aos animais e contribuem para o avanço das pesquisas. Dentre as alternativas, podemos destacar:
- Culturas de células;
- Modelos de computador capazes de modelar ou replicar aspectos do corpo humano;
- Tecidos humanos produzidos com tecnologia 3D;
- Testes voluntários em humanos, sem risco à saúde deles.
Como os testes de cosméticos em animais são tratados no Brasil
No Brasil, a lei 11.794 trata sobre os testes em animais. De acordo com essa legislação, os procedimentos não eram proibidos no país. A ANVISA apenas verificava os dados que comprovassem a segurança dos produtos registrados na agência.
No entanto, mesmo com essa lei em vigor, oito estados brasileiros já contavam com leis que proibiam o uso de animais em determinados segmentos, como: Amazonas, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.
Porém, desde setembro de 2019, já estava mais difícil para a indústria fazer os teste em animais. Isso porque, nesta data, terminava o prazo de cinco anos, imposto pelo Concea (Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal), para que laboratórios buscassem métodos alternativos nos procedimentos com cobaias vivas.
A resolução valia para procedimentos que analisavam, por exemplo, irritação nos olhos, na pele e queimaduras causadas pela substância após exposição solar.
Indústrias de cosméticos, medicamentos, brinquedos e até materiais escolares estavam sujeitas à decisão. Quem descumprisse a determinação poderia perder a licença para fazer pesquisas, além de pagar multas entre R$ 5 mil a R$ 20 mil.
Recentemente, um novo capítulo da história na luta contra os testes em animais começou a ser escrito. O Senado Federal do Brasil aprovou o Projeto de Lei (PL 70/2014). Essa PL altera a lei 11.794/08 e veda a utilização de animais em qualquer tipo de atividades de ensino, pesquisa e testes laboratoriais que tenham o objetivo de produzir ou desenvolver produtos cosméticos, de higiene pessoal e perfumes.
Com essa aprovação, a PL segue para votação na Câmara dos Deputados. Com certeza, o Brasil está no caminho para o fim definitivo dessa triste história vivida pelos animais.
Todos os produtos da Agradal são livres de testes em animais
Felizmente uma série de empresas brasileiras têm se dado conta da questão cruel e não realizam mais testes em animais. A Agradal, por exemplo, desde 1937 nunca testou nenhum produto em animais.
Com um compromisso firme com a vida e o bem-estar dos animais, a Agradal foi honrada com o Selo PETA, certificado internacional concedido pela People for the Ethical Treatment of Animals. Quem sabe, em um futuro muito próximo, poderemos celebrar o fim dessa prática em todas as empresas de cosméticos.
Gostou do nosso artigo? Entendeu a importância da luta contra os testes de cosméticos em animais? Então, não perca a oportunidade de conhecer os nossos produtos, que são 100% livres de testes em animais e veganos! Venha fazer parte dessa causa conosco!